Pedacinhos

Na vida...
Nunca estaremos prontos.
As lacunas serão pausas que em algum momento serão oportunidades de reflexão.

Pelo caminho sofreremos perdas consideráveis. 

Ao mesmo tempo obteremos ganhos que nos farão indivíduos riquíssimos.

Em um extenso processo de enfrentamento, a luta pela sobrevivência irá nos obrigar a fazer mudanças radicais e ou simplórias.

É inevitável fugir dessa etapa.
Embora o processo de construção surja no tempo oportuno de cada individuo.

A reação perante algumas questões dependerá de como a formação dos nossos afetos, traumas e angústias, foram conduzidos no percurso de nossa existência.

Isso poderá nos incômodar ou nos libertar.

A vivência pessoal nos diz que todo crescimento é tenso e doloroso.
Esse ano marcado fatidicamente pela tragédia causada por um virus, provou para o mundo que não somos inabaláveis. 

Somos sim... melindrosos e humanos.

Infelizmente experimentamos o gosto ruim da ausência, do silêncio, da distância, do escuro, e do nunca mais.
Contudo esses dias de terror permitiu oportunidades para aprendizados.

Nunca estaremos prontos.
Em cada flacidez, ruga ou cabelo branco, será um privilégio tê-los.

Só teremos essa visão apenas se  a satisfação consigo mesmo for salientada. 

Ainda que seu corpo demonstre os sinais naturais do envelhecimento, 
Nunca deixaremos de ser quem nós somos. Não somos só músculos ou formas.
Independente do corpo ser lindo  ou não. Tudo será  maravilhoso é perfeito, se estivermos olhando para o lugar certo. 

Se nos amarmos, saberemos quem somos e o que merecemos.
Sinto dizer que o apego ao volúvel. Causará uma angústia deprimimente àqueles que investem em causas supérfluas.

Na vida..
Cada dia seremos presenteados com momentos especiais. Pedacinhos que se encaixarão  em cada brecha que percorrermos juntos ou separados.

Nessa construção estilosa, a vida extrairá harmonia de situações imagináveis.
Será admirável a transformação de corações petrificados em jóias raras.
De forma versátil, ela usará o improvável para o conserto.
Tapará buracos feitos por nossas atitudes inpensadas e até covardes.
Reciclará sentimentos, dos cacos e entulhos frustrantes, que fizeram parte de nossas ações espontâneas ou manipuladoras.

Na vida...
Nunca estaremos prontos.
Os sonhos formarão experiências valiosas, lembranças positivas e até negativas.
Com amores ou desamores.
Tais eventos serão  serão relíquias... somente para os que permitirem aprender a cada tombo não banalizado.

Esse contexto tem formado muitos especialistas, que ensinarão caminho do sucesso pelo workshop da internet.
Sem termos diplomas para apresentar alguma tese nesse quesito, tentaremos sobreviver aos nossos medos e incertezas sem nenhuma fórmula, apenas sendo resilientes.

Quando fortalecermos a visão de que os fracassos acrescentarão outras perspectivas ao modo de olhar as pessoas e esse mundo.

Nossa desconstrução de felicidade no que é efemero salientará sobremodo os nossos sentidos.

Precisamos ser perseverantes e engenhosos, pois cada um tem seu tempo de construção.
Passo a passo...
Eis que somos um quebra cabeça abundante em exuberância diante de nossas próprias histórias.
Cada peça minuciosamente é adicionada.

Se  seguirmos seguros o esboço arquitetado pelo Criador do universo em um roteiro surpreendente.

Sairemos seguros e certos que as decepções serão  brandas.
A diferença surgirá no final
Após o resultado da montagem.
Pedacinho por pedacinho.
Cada um com sua forma... linda, única extraordinária.
Que o mosaico de sua vida
venha fazer a diferença no meio onde você está inserido
Como um relato admirável
De superação e de sucesso.

Mesmo que 2021 o êxito venha ser composto por pedacinhos. 

A. Santos

O Jardineiro no meu jardim

O que dizes do súbito encontro?
Suposto acaso ou premeditado?

O que dizes das diferenças, tão evidentes?
Pessoas que se conduzem?
Ou se permitem?

Espere um momento!
Não quero ser desalmada.
Não responda aos questionários improvisados

Apenas peço que lembres:
Que num tempo de amores líquidos,
Sandice é procurar juízo
Na loucura que parou um tempo.

Tu...
Eu...
Nós.
Permitimos a
Enxurrada de emoções,
Contemplada em nossas
Almas.

Tu
como mágico captastes o sentido no coração.
Quando em tua interpretação
Trouxestes à tona os detalhes do meu coração.

Eu como
A obra-prima do canteiro central, emudeci.
Emocionada
Lisonjeada
Sem alcançar o tamanho
Do sentimento
Que veio surgir.
No meu jardim.

A.Santos

Despreze o lixo

Certo dia descartando o lixo de casa, viajei nos pensamentos.
Recordei a frase de um artista que inovou em aproveitar o que era impossível de ser aproveitado. Logo após  esse conceito notório, que fez muito sucesso, ele foi aclamado e sua fama repercutiu pelo mundo.

No momento a mente martelou:
-Despreze o lixo! -
Qual lixo?

Percebi que andamos abarrotados de lixo. E temos especificamente alguns, que já são até de estimação.

Só que ao manipular o lixo devemos ter cuidado.

Sim...

Precisamos entender que
Não é só saber como vamos eliminar o que faz mal para nós, mas como vamos fazer isso.

Com o tempo alguns resíduos emocionais se transformaram em compostos indesejáveis.
E descarta-los exige um certo preparo e cuidado, realmente.

Às vezes, dentro de nós existem sentimentos tão ruins, que não conseguimos arranca-los simplesmente. 

Os lugares para o desuso devem ser adequados.
Especialistas orientam a melhor forma para jogar fora.
E explicam... que
Cada um deve estar no seu quadrado.
Por isso devemos ter atenção no trato, pois algumas neuras de acumuladores podem nos fazer querer guardar novamente o lixo que machuca.

Chega de guardar passado!
Chega de adular amores não correspondidos!
Chega de adoecer com mágoas!
Lixo que é lixo não presta para ninguém.
Ficar guardando esse lixo pode nos intoxicar.
Joguemos na lixeira o amargo das frustrações.
E nos apeguemos apenas àquilo que é saudável.
Que pode ser reciclável
Aquilo que motiva.
Aquilo que traz ganho.
Aquilo que traz paz.
Aquilo que faz sorrir.

A essa altura do campeonato, é difícil largar o lixo, pois já nos habituamos na rotina enferma.

E é  necessário o desmame. 

Ele tem que ser feito.
Lentamente  em passos pequenos podemos nos livrar dos entulhos que estão dentro de nós, que já cheiram até mal.

É urgente excluir da nossa linha do tempo lembranças, lugares e pessoas tóxicas.
Deixemos apenas o que nutre a alma.
Não existe fórmula. A mágica só vai acontecer se nós arrumarmos as gavetas de nosso mundo.
Assim os percalços serão transformados.
A vida será mais convidativa
Os momentos aproveitados.
Será maravilhoso tirar o peso do lixo que nos  estaciona.
Tentemos a façanha.

Deixe o lixo ser lixo, jogue tudo ruim no lixo.

Assim não seremos acumuladores de histórias fracassadas e sim de vitórias com experiências alcançadas. 

Faça o teste
Decida por isso hoje e agora.

Despreze o lixo.

A.Santos.

Aceita o desafio?

Será que eu posso comparar a vida com um jiló?
Então... ele até tem uma cor vistosa, tem inúmeras variedades, sabor peculiar. 

Gosto forte que trava a boca e produz caretas.
Entretanto o jiló, quem diria, tem suas vantagens.
Ele contém nutrientes e vitaminas. Rico em ferro,magnésio. Entre outros benefícios, que ajudam até no emagrecimento.
Talvez alguns não se apeguem, e nem liguem para o seu amargo. Comerão e no dia seguinte nem lembrarão do gosto que ele tem.
Outros terão que passar por um processo. Até entender que essa sensação de "horrível", passa.
Está certo, vai ter outros tantos que irão detestar o coitadinho.
Jamais, nunca, nem pensar experimentar esse ai.
Fazer o que? Assim como tem aqueles que detestam a vida, o mundo, as coisas e o tudo.
Tem gente que detesta jiló.
Bem...
Amado, rejeitado ou odiado, jiló sempre será jiló.

Particularmente, digo que
Não foi fácil comer esse dito cujo. Sua fama estava entranhada na minha cabeça como o "ser abominável".
Mas depois de um processo, lento, eu diria que aprendi saborea-lo, usufruindo das suas qualidades.

Penso desse jeito.
A nossa vida de
Sonhos, planos, delírios e muitos desejos. 

Algumas coisas boas, outras não tão boas.
Tudo o que é  ruim é doloroso já está fixado na nossa cuca. E evidente, ninguém quer e nem sonha com isso.
Não planejamos:
"Hoje vou acordar e chorar o dia todo"
ou
"Que maravilha! Como é bom sofrer!!!"

Contudo, ao saborearmos um pedacinho que seja dos processos do mundo, e sentirmos o amargo de alguma situação.
Seja dominado pela carência, decepção ou frustração. Nos travamos assim que sentimos esses dissabores.
Paralisados ficamos e já desistimos de tentar.
Temos que admitir.
Que esses infortúnios nunca deixarão de existir.
Irão nos acompanhar sempre.
Calma aí!!!
Nem tudo está perdido.
Nessa comparação eu vejo que algumas pessoas não se apegarão no gosto amargo dos acontecimentos de suas vidas. Mesmo que ainda tenham angústias, traumas ou sequelas. Estas deixarão a sensação de perda passar.
Outras infelizmente não irão permitir que alguns sabores constituam seu paladar de aprendizado.
Se negarão a qualquer tipo de experiência.
E tem aquelas que irão se abster de tudo. 

Enclausuradas, Nem chegam perto do sentir, do tocar.

Não permitem desafios.

Hoje depois de tudo que passei, lembro de comer o tal jiló. 

Eu o detestava, mas decidi experimentar. E isso foi um processo.
Aos poucos fui colocando de molho na água para tirar o amargo. Depois do desafio feito por uma amiga. 

Digo aqui que aprendi a gostar. E ele está fazendo parte dos meus pratos numa boa.
Cozido, frito, assado, empanado, agora até salada crua. Não ligo para o amargo.

Assim é na vida.
Precisamos ter contato com esse lado que turva e seca a boca, com o ruim, e embrulha o estômago.
Para podermos crescer e aprender a tirar algo saudável daquilo que nos afeta.
Sim. Os dilemas estarão na mente. Quem não tem os seus?
Encare como úteis, importantes, produtivos.
Assim você vai absorver ao máximo os nutrientes do momento.
E aprenderá que o mundo gira, as tristezas e alegrias estarão ali à sua frente, mas a sensação ruim logo irá embora. 

Pode ser que demore, portanto esteja certo, tudo passa.
E isso só vai acontecer se permitirmos encarar o amargo de nossas vidas.
Hoje te desafio a comer o jiló.
Ele não é tão ruim assim.
Dê uma chance "pro bichinho".
Se permita encarar o amargo da vida.
Algo interessante você vai aprender.
E aí...Vamos comer jiló ?